Campanha “Natal é Partilha” 2008

A Campanha “Natal é Partilha” já faz parte daquelas iniciativas com as quais o nosso agrupamento não consegue passar. Dos nossos 45 anos de história, 15 estão ligados à realização desta campanha que tem sido para nós sempre tão gratificante. O facto de podermos proporcionar um natal melhor a algumas famílias da nossa comunidade é bastante motivador, o que fez com que este ano, acho que pela primeira vez, tivéssemos todas as secções empenhadas nesta actividade.

Os caixotes para colocar nos supermercados foram forrados no fim-de-semana em que realizámos o magusto e a distribuição dos mesmos pelas superfícies comerciais foi feita pelos Pioneiros. Distribuímos também, no fim de algumas eucaristias, panfletos alusivos à campanha onde se informava quais as superfícies comerciais que tinham aderido à campanha. Nos fins-de-semana que se seguiram tanto os Lobitos, como os Exploradores, Pioneiros e Caminheiros estiveram nos supermercados mais “concorridos” a recolher os mais variados géneros alimentares com que a população sertaginense queria contribuir. Reparámos que as pessoas já não aderem com tanta facilidade com que aderiam nos anos anteriores, talvez seja um sinal da crise, ou talvez seja por já estarmos a ficar grandinhos e já não nos acharem piada. Esperemos que com os Lobitos e os Exploradores a angariação tenha corrido melhor… Continuam a haver pessoas que nos viram as costas quando simplesmente lhes queremos entregar um papel. Mas, para compensar, depois há casos de pessoas que trazem sacos e até carrinhos de compras cheios para nos entregar. Há também aquelas pessoas, que não têm tanta abundância de bens, e que dão um kilo de arroz ou de massa, um litro de leite ou de óleo. Para essas pessoas, cada uma destas coisas equivale a um carro de compras cheio. São todas estas pessoas, as verdadeiras responsáveis por ainda não termos deixado de fazer esta campanha. O facto de sabermos que há mais alguém “sempre alerta para servir” além de nós é muito importante. Isso e também a alegria com que a maior parte das famílias nos recebe no dia de entrega dos cabazes. Já sabem quem nós somos e ao que vamos e esperam-nos com alguma ansiedade.

Bem, foram todos estes motivos que fizeram com que no fim-de-semana do Natal do escuteiro nos juntássemos todos (Caminheiros) mais cedo do que o habitual e começássemos a fazer a distribuição dos alimentos pelos cabazes. Na sexta-feira à noite (19 Dez) fizemos a contabilização dos géneros alimentares e conseguimos fazer os quase 90 cabazes. Contas feitas, com o trabalho de todos, conseguimos juntar cerca de tonelada e meia de géneros alimentares. E conseguimos também juntar todos, ou grande parte, dos elementos do clã e fazer todos algo em conjunto. Portanto, balanço positivo, muito positivo!

Raquel Sequeira

Boas Festas

Natal é...

Boas festas é o desejo do grupo Caminheiro do Agrupamento 170 da Sertã.

FOTOS ERCE 2009

Testemunho ERCE 2009

Eu e Raquel partimos para o ERCE (Encontro Regional de Chefes de

Equipa) 2008, acompanhados pelo nosso Chefe de Clã e sabendo à partida

duas coisas:

1 - É uma responsabilidade grande ser chefe de equipa, e esta é

uma actividade em que talvez (sobretudo eu) possamos aprender coisas

importantes.

2 - A nossa região atravessa uma fase conturbada no que diz

respeito à IV secção, com a chegada de um novo Chefe de Departamento

da IV Secção Regional debaixo de um mal estar acentuado e cujas

decisões criaram polémicas desde início.

Ao chegarmos ao local da actividade, o Seminário de Alcains,

pudemos constatar desde logo uma coisa que marcaria fortemente a

actividade. Para além de nós, participavam  apenas mais 2 caminheiros,

os dois do Agrupamento 160 Castelo Branco. Fomos, assim,  recebidos

pelo Chefe Regional Adj. José Mendes e pelo novo Chefe de Departamento

da IV Secção Regional Ricardo Farinha, para além destes dois

caminheiros e do seu chefe de clã.

A actividade desenrolou-se por sessões, com um oradores diferentes.

A primeira foi dirigida pelo Assistente Regional Padre Castanheira,

que nos proporcionou uma agradável reflexão e troca de palavras acerca

dos Valores, o que nos conduz ao tema da actividade: "Jovens e os

Valores - de mãos dadas".

No primeiro dia outras sessões se seguiram, relacionadas com a

nossa secção, o seu funcionamento e o seu sistema de progressão.

Falou-se ainda acerca dos atributos que um chefe de Equipa deve

possuir e qual a importância da realização de um Projecto Pessoal de

Vida por cada caminheiro. Houve tempo para percebermos o que é um

Conselho de Equipa e um Conselho de clã, bem como para apreender as

regras do seu funcionamento. Todas estas actividades eram

complementadas por exemplos práticos e pela nossa execução de algumas

delas.

Na eucaristia, que teve lugar na noite de sábado, pudemos ouvir o

Padre Castanheira falar um pouco sobre São Paulo, de uma forma que

raramente temos oportunidade de ouvir.

Uma coisa que nos acompanhou a actividade toda foi o frio imenso

que se faz sentir no seminário. Ainda assim, a dormida em caminha

estilo quarto de hotel e o banho de água quente em casa de banho

privada fizeram esquecer (por momentos) esse problema!

No domingo, o Chefe João (elemento da Junta Regional) falou-nos da

Mística e Simbologia da IV secção, e depois (re)aprendemos a

importância da Carta de Clã.

No final da actividade, ficou a certeza de que todos aprendemos ali

coisas importantes, e que é necessário aplicar muitas delas no nosso

clã. Ficou ainda a mágoa por não terem estado mais pessoas numa

actividade desta importância. Apetece terminar com um excerto de uma

música que se ouviu muito por lá e que revela um pouco o clima

instalado na região...

"Toda a gente FON FON FON FON, só desdizem o que eu digo".

São os caminheiros e a região que perdem com as divisões que se

criam entre as pessoas. Talvez todos tenhamos de engolir alguns sapos,

para um bem maior!

Canhota!

Lince Atento

170 Sertã

ERCE 2009

Encontro Regional de Chefes de Equipa 2009

Já está em andamento o Encontro Regional de Chefes de Equipa. Sobre o tema dos Jovens e os Valores, o Agrupamento 170 da Sertã encontra-se representada por dois Chefes de Equipa, a Raquel e o Eduardo, acompanhados pelo seu Chefe de Clã. Esperamos assim poder crescer em aprendizagem e que no Seminário de Alcains sejamos dotados de sabedoria para lidar com os problemas do dia a dias.

Garça Real

Encontro com S. Paulo – Drave – 22 e 23.11.2008

Será que realmente conheces S. Paulo? Ou tudo o que sabes sobre a sua vida resume-se a uma queda de um cavalo que o fez passar a acreditar num Deus único? Achas que foi de um dia para o outro que ele passou de Saulo a Paulo? E que deixou de maltratar os Cristãos? Pois é, não poderias estar mais enganado(a)… Assim como eu estava.

S. Paulo era um pecador, que não sabia que realmente o era. Ele perseguia a Igreja de Deus com violência porque assim o ditavam as tradições dos seus antepassados. Ele espalhava o terror em nome de uma lei que julgava ser única, em nome de um dogma que afinal de contas acabou por o não ser.

Mas, algo embateu com a vida que Paulo levava e quebrou com a sua rotina, despoletando nele a mudança, fazendo que, por vontade própria, ele quisesse mudar, quisesse compreender se aquilo em que acreditava era uma verdade única. Paulo tomou então consciência dos erros que cometia, que é o primeiro passo para efectuar alguma mudança, e, por vontade própria, decidiu mudar a sua forma de estar na vida. Isolou-se do mundo durante 3 anos e efectuou em si a maior mudança que um ser humano consegue suportar. Passou de perseguidor violento a evangelizador tolerante, passou de egoísta a altruísta, de arrogante a humilde. Ou seja, deu uma volta de 180º na sua vida, e consequentemente, na dos que o rodeavam.

Paulo aboliu a Lei Antiga, pela qual guiava todas as acções da sua vida, para dar lugar à Lei Nova: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. Paulo percebeu que “mesmo tendo o dom da profecia, e conhecendo todos os mistérios e toda a ciência; mesmo tendo toda a fé, a ponto de transbordar montanhas, se não tivermos amor, não somos nada”. O amor é algo perfeito que virá tomar o lugar do que é imperfeito, como as profecias, as línguas e a ciência. O amor é então a maior de todas as coisas. (adaptado de Carta de S. Paulo aos Coríntios 1-13 in Bíblia Sagrada)

A chegada à Drave foi feita a horas já tardias, ou melhor, às primeiras horas do dia de sábado. Como já era de esperar, fazia um friozinho agradável na aldeia e a noite foi passada com a cabeça dentro do saco-cama para não congelar o nariz.

A actividade em si começou pouco depois das 10h da manhã, depois de levarmos as nossas coisinhas para os Currais do Colado, local onde iríamos pernoitar. Reunimos na leira, ao solinho, para dar início aos trabalhos. Estava presente  o José Carlos (EGBNIV), a Ana, a Bárbara, o João, o Pedro (Kaskabulho), a Rita e eu (Raquel). Ou seja, maltinha proveniente dos Campos de Trabalho 2008, à excepção da Rita, que o Kaskabulho conseguiu convencer a vir pela primeira vez à Drave. Os trabalhos decorreram com muito boa disposição à mistura e mostraram ser muito mais interessantes do que eu na realidade estava à espera. Não foram uma “seca de cadeira” (até porque na Drave não há muitas), mas foram sim grandes momentos de debate, muito interactivos e totalmente “feitos” por nós.

Depois destes dois dias de reflexão na tentativa de compreender o que realmente se passava na alma de S. Paulo, apercebi-me que todos nós, de uma forma ou de outra temos um bocadinho dele no nosso interior. Somos seres susceptíveis à mudança. Precisamos apenas de ser empurrados e de nos empurrarmos para efectuar essa mesma mudança. Pode ser uma mudança muito grande ou pequenina, mas do meu ponto de vista, o tamanho não importa. O que importa realmente é o facto de haver vontade de mudar.

Como nos disseram logo ao início, a actividade ia ser o que nós quiséssemos fazer dela. Devo dizer que fizemos um excelente trabalho!! (A organização também esteve muito bem…)

Raquel Sequeira

Região de Portalegre e Castelo Branco

Agrupamento 170 da Sertã

Parabéns Dioguinho

Para um puto bem porreiro que está sempre pronto a aventura. São os nossos parabéns atrasados e o desejo que a vida te sorria sempre. E que a malta seja muito feliz na Islândia e no jet e por ai. Que faças muitos.

Grande Abraço

Graça Real